Dor no mediopé

O mediopé é um termo científico usado para indicar a região do meio do pé, localizada entre o calcanhar e os metatarsos. Sua função é amortecer e fazer transferência de peso de uma região para outra.

O mediopé é formado por cinco ossos: o osso navicular, o osso cubóide e os cuneiformes medial, intermédio e lateral. Também podemos dividi-lo em duas regiões: dorso (parte de cima) e a sola do pé (parte de baixo).

Imagem ilustrativa mostrando a estrutura do mediopé.

Estrutura do mediopé

Um componente bastante afetado no mediopé é a fáscia plantar, um tecido fibroso que se estende do calcâneo até os ossos do metatarso, responsável por ajudar a manter a estrutura do arco e auxiliar no amortecimento de impactos.

 

CAUSAS DE DOR NO MEDIOPÉ

Existem muitos fatores que podem ocasionar ou influenciar o surgimento de dores nessa região do pé. Por exercer uma função muito importante, qualquer modificação nas estruturas do mediopé podem resultar em desconfortos. As patologias mais comuns que geram dor nessa região são:

 

Fascite plantar
A fascite plantar é uma inflamação no tecido denominado fáscia plantar, que se estende do calcanhar, passando pelo mediopé até os metatarsos. Essa inflamação ocorre devido ao estresse intenso na região, como impacto repetitivo e/ou carga excessiva.

Insuficiência do tendão tibial posterior (arco desabado)
O tendão tibial é importante para a movimentação do mediopé e para sustentação do arco do pé. Quando ele é sobrecarregado, pode inflamar e surgir uma dor na região plantar e dificuldade para ficar na ponta dos pés.

Síndrome do cuboide
A síndrome cubóide é deslocamento do osso cubóide – localizado na região lateral externa do mediopé. Quando o deslocamento ocorre, ele pode irritar a cápsula articular, os ligamentos e o tendão fibular longo, levando a forte dor na região. A síndrome é rara e normalmente resultante de uma entorse de tornozelo para fora. Os relatos de casos são mais frequentes em bailarinas e praticantes de atletismo, devido ao esforço repetitivo e sobrecarga da região.

Síndrome do navicular
O navicular, osso localizado na região lateral interna do pé, é rigidamente estabilizado por uma extensa rede de ligamentos. Por conta da posição recuada desse osso e dos fortes ligamentos, as fraturas são muito mais comuns que o seu deslocamento.

Fraturas traumáticas
As fraturas nessa região são menos frequentes, principalmente em crianças, devido a sua mobilidade articular. Já as que envolvem o mediopé são, geralmente, ocasionadas por traumas diretos (como queda de objeto pesado) ou traumas indiretos (entorses e acidentes veiculares, por exemplo). Por isso as pessoas do sexo masculino são mais atingidas pela lesão, principalmente os praticantes de esporte, porque estão mais propensos a choques, traumas e pancadas. Essa fratura normalmente é extensa e ataca os ligamentos e os tendões. Já os sintomas são: dor intensa, inchaço na região, hematoma e dificuldade para apoiar o pé no chão. Veja abaixo as fraturas traumáticas mais comuns:

Fratura de Lisfranc
A fratura de Lisfranc é considerada uma lesão óssea traumática na linha articular que conecta o meio do pé à região do antepé (os metatarsos). Por ser muito complexa, só é possível identificá-la por radiografia. Porém, como não existem muitos desses casos, geralmente ela não é percebida na avaliação inicial.

Fratura do Navicular
O osso navicular está localizado na parte mais alta do arco plantar. Grande parte de sua superfície óssea está coberta por cartilagem, o que acarreta em uma circulação limitada, piorando o prognóstico de recuperação do tecido. São classificadas em 3 tipos de fraturas:

– Fratura por avulsão cortical: normalmente são fraturas menores, ocasionadas pela tração de algum ligamento que arranca um pequeno fragmento ósseo;

– Fratura da tuberosidade medial: causada pela tração do tendão e do ligamento inseridos no osso. Geralmente ocorre quando há torção do tornozelo – situação em que o pé vira para fora;

– Fratura do corpo do navicular: fraturas graves, provocadas por traumas intensos, como grandes quedas ou acidentes de moto. Normalmente acontece a fragmentação óssea em várias pequenas partes do mediopé.

 

FATORES DE RISCO

Altura do arco
Os arcos do pé são formados pelos ossos e pela fáscia plantar. Eles são essenciais para distribuir o peso que é depositado sobre os pés, evitando o acúmulo de pressão em regiões específicas. Pessoas que têm pés chatos e pés cavos são mais propensas a contraírem dores no mediopé, pois quando existe uma variação anatômica de altura do arco, há também uma perda de eficiência do amortecimento e absorção de impacto nos pés.

Tipos de pé
Existem três tipos de pés: o neutro, o cavo e o chato. Veja baixo as características de cada um deles:

– O pé neutro é composto pelo arco plantar equilibrado. Ele é o mais adequado para receber a carga depositada nos pés e amortecer o impacto;

– O pé cavo é composto por um arco mais elevado e saliente. A região de apoio, nesse tipo de pé, é menor. O mal posicionamento dos ossos pode aumentar a fricção das articulações e sobrecarregar os ligamentos. Além disso, a fáscia plantar fica reduzida e mais tensionada, fator que colabora para a sua inflamação;

– O pé chato é composto por um arco mais baixo. Nele, praticamente toda a sola do pé toca o chão, por isso consideramos que esse tipo tem uma ampla área de apoio. Entretanto, a fáscia plantar em pés chatos fica distendida e sobrecarregada, diminuindo a capacidade de amortecimento.

Tipos de pisada
Assim como os tipos de pé, os tipos de pisada podem ser classificados em três tipos. Eles se caracterizam de acordo com o movimento do pé e do tornozelo durante a pisada, principalmente devido aos possíveis desalinhamentos biomecânicos.

– Na pisada pronada, o tornozelo faz um movimento para dentro, o que muda o alinhamento das articulações do pé durante a pisada, ocasionando o mal amortecimento e a má distribuição da carga, que fica concentrada na região interna da sola do pé;

– Na pisada supinada, o movimento do tornozelo durante a passada é para fora. Da mesma forma, ela desalinha as articulações, piorando o amortecimento e distribuição do peso, que fica concentrado na parte externa da sola do pé;

– A pisada neutra é a mais equilibrada. O apoio inicia na metade do calcanhar e as pressões são distribuídas de forma mais uniforme pelo pé. O tornozelo e o mediopé estão alinhados.

Para saber qual é seu tipo de pisada, recomenda-se a realização de um exame chamado de baropodometria.

Excesso de carga
Por serem a base de sustentação do corpo, os pés sofrem constantes pressões. Em casos onde as pressões são maiores do que o normal, as estruturas que os formam serão sobrecarregadas e poderão sofrer lesões. As causas mais comuns de sobrecargas são: aumento de peso, treinos intensos com pouco intervalo e movimentos inadequados.

Traumas
Os traumas são comuns em atletas e motociclistas, por estarem expostos frequentemente a acidentes com impacto nos pés. Também são frequentes em idosos e mulheres na menopausa, pois, o osso está fragilizado e fica mais propenso a fraturas.

Região do mediopé

Região do mediopé

 

PREVENÇÃO E TRATAMENTO PARA DOR NO MEDIOPÉ

É fundamental a procura por um especialista para descobrir qual a causa das dores no mediopé. Em alguns casos, somente com a palpação dos pés e algumas perguntas sobre o início da dor ele será capaz de identificar o problema.

Para se prevenir contra o surgimento dessa dor, é necessário respeitar os limites do próprio corpo, durante os treinos e atividades físicas. Com os cuidados a seguir, você pode se prevenir e/ou realizar durante o tratamento de lesões:

Peso: é importante manter-se em um peso adequado para o seu biotipo. O sobrepeso aumenta a carga sobre os pés e pode causar dor nessa região.

Equipamentos: utilize sempre equipamentos de proteção apropriados para as atividades com maior risco de traumas;

Fisioterapia: procure um fisioterapeuta especializado para obter ajuda na contenção do processo inflamatório. A fisioterapia pode auxiliar a redução da dor, a melhora da estabilidade das articulações e ganho de força;

Órteses: o uso de órteses para o tratamento é muito comum. Talas noturnas mantém o posicionamento correto do pé durante a noite, evitando a contração da fáscia;

Cirurgia: cirurgias são recomendadas somente em situações em que há ruptura de algum tecido. Principalmente em lesões traumáticas, quando ocorre a fragmentação óssea e lesão dos tecidos ao redor.

 

PALMILHAS PÉS SEM DOR® PARA DOR NO MEDIOPÉ

A palmilha Pés Sem Dor, feita sob medida, é uma boa maneira de resolver as dores no mediopé e evitar dores em outras regiões. Elas preenchem o arco dos pés - região do mediopé - e alinham a pisada. além disso, a palmilha também reequilibra as pressões depositadas nos pés durante o dia-a-dia, aliviando as dores e trazendo maior conforto.

Imagem ilustrativa das palmilhas ortopédicas Pés Sem Dor

Palmilhas ortopédicas sob medida Pés Sem Dor

 

CALÇADOS

Para evitar as dores no meio do pé, o fundamental é evitar modelos sociais de bico fino, salto alto e com o solado rígido. Eles comprimem os pés e mudam o alinhamento estrutural ideal. Para que os pés fiquem protegidos, é recomendado utilizar sapatos adequados para cada tipo de atividade, de preferência confortáveis e com uma folga de cerca de 1,5 cm de comprimento.

 

ESPORTES

A dor no mediopé é muito comum em atletas. Como o mediopé é bastante exigido em qualquer atividade, tomar cuidado com o local é extremamente necessário. No futebol, por exemplo, a área pode doer por conta do chute com o “peito do pé”. Lutas como Muay Thai e Kung Fu podem desgastar a mesma região, tanto por conta dos chutes impactantes, quanto pela repetição da atividade. Além desses esportes, praticar corrida, basquete ou vôlei também pode ocasionar dores no mediopé, principalmente pelo forte contato do pé com o solo.

Isso significa que a maioria dos esportes apresentam circunstâncias que podem causar dores na região do mediopé, já é muito amplo e exerce diversas funções. Por isso, é importante evitar a sobrecarga de treino, utilizar tênis ideais para a prática do exercício e não esquecer de usar palmilhas amortecedoras de impacto.

 

Como a palmilha elimina suas dores